domingo, 21 de setembro de 2008

Enquanto


Quando os anéis de Saturno se chocaram num desencontro orbital e o caos se instalou no universo que se fez pó; quando as estrelas ergueram as mãos em busca do firmamento, mas caíram ouvindo qualquer sinfonia em pano de fundo; quando os astros, desorientados, correram em desatino preocupante e se encontraram, provocando o estrondo mais poético já visto; quando as nuvens desenharam as mesmas obras de Da Vinci e o sol perdeu a força de seus raios ultra potentes; quando a luz das galáxias se apagaram e só alguns lampiões serviram como farol;

A moça, no seu vestidinho surrado, mas tão belo quanto seus olhos azul-turqueza, continuava a colher flores esparramadas no chão. E, o mais incrível, sustentava o sorriso no rosto como se não se desse conta de que alguma coisa encantada ocorria dentro dela.

27 comentários:

Alexandre Lucio Fernandes disse...

De uma sutileza sem igual. Bom ler umas palavras assim, refletidas pela doçura do coração. Muito lindo esse teu texto. Leve, cheio de ~sentimento.

Perfeito mesmo.

;)

Abração

.Intense. disse...

"...continuava a colher flores esparramadas no chão..."

Adorei. Que possa eu tb colher minhas flores, sem nada ao redor me abalar...

Mariana disse...

Muitas vezes nao se nota o que ocorre dentro de nós....


bjs

Fabi disse...

quando crescer quero escrever assim..rs

Flávia disse...

eu vivo colhendo essas flores esparramadas no chão - é com elas que enfeito os meus sorrisos =)

Lindo o seu texto... doce, doce, doce.

Beijos!

Anônimo disse...

gostaria de ter pelo menos 5% dessa moça vivendo dentro de mim.

amo aqui!

beijos e tudo de bom p ti.

Camila disse...

Filipe, sua sutileza me encanta.
Cada vez mais.
Beijos

Araúja Kodomo disse...

Que beleza de texto, adorei :)
***

ღ mey ♥¨`*•.¸¸.•*´¨♥ღ disse...

pequeno e objetivo... bem bom... é de sua autoria, msm?

se for, parabens!

nina disse...

Leveza, sutilza. Seus textos provocam suspiros, sabia?

Raíssa Murta disse...

Que lindo seu texto Flipp!!
Mto poético...
Bjs
Ps. Não eh que to gostando desse trem de Blog??hehe
Bjs

Johny Farias disse...

Me lembrou demais uma peça de teatro sobre a Era de Aquário,
New Age. Algo corre dentro de ti
também, poesia.

Abraço

Jaya Magalhães disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
H L disse...

muito bom! =)

Gabi disse...

Queria ter essa habilidade bonita, essa de sorrir e ignorar o ao redor e até o interior. Como magia.

Beijos!

T disse...

Sumiste do meu blogger.
Uma pena..
Aqui continua lindo.
Beijo

Anônimo disse...

Lembrou-me a história da garotinha que andava sozinha debaixo de uma tempestade, onde os raios iluminavam o céu e a sua face. Quando um adulto chegou perto dela e perguntou se ela não estava com medo, ela simplesmente disse que não tinha medo de ser fotografada por Deus.

Também me lembrou mais uma vez o livro A hora da estrela, da Clarice Lispector, onde a sua personagem principal também não fazia idéia do que estava acontecendo com ela.

Abraços!

Késia Maximiano disse...

E a vida tem mesmo dessas coisas...
Há corações tão puros que nem mesmo os maiores fenômenos conseguem abalar...

Aodrei!
Super beijo

lucas rolim disse...

lindíssimo

Thiago disse...

no fundo ela sabia o que sustentava aquele sorriso, sabia sim!

Caio Miniaturas disse...

Ela colhia flores do chão como quem cata estrelas no céu. E por dentro ela brilhou. Abração, amigo. Ótima semana.

Alexandre Lucio Fernandes disse...

Cadê o Paquetá?

Abração

Luifel disse...

Eu preciso realmente não deixar que as situações da minha vida mude o curso que eu tento dar a ela.

Estou no caos, mas preciso ser superior a esse caos!

Seu texto me faz pensar em muitas coisas a se fazer!


Abção!

A Maya disse...

Sabe quando a gente sorri um riso de entrega diante de um texto?

É, sorri.

Tatah Marley's Confissões disse...

o interior do ser humano é uma constante, e as vzs nao percebemos o que de fato nos acontece por nos preocuparmos demis com o mundo por fora!
\õ/
adorei!
beijinhos!

entre-caminhos disse...

o que seria essa coisa encantada?

Alessandra Castro disse...

andamos tão atarefados que eskecemos mesmo de dar voz a esses sentimentos.